segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Elizabeth: A Rainha Virgem


Há dez anos atrás, Cate Blanchett protagonizava a incrível monarca inglesa no filme Elizabeth. Hoje, madura a atriz retorna ao personagem que lhe rendeu várias indicações ao Oscar e o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Drama para concluir o Período Isabelino ou Era Dourada. Em seu predecessor de 1998, o foco era a acessão da Rainha ao trono e conseqüentemente sua conturbada família Tudor.
Só para pincelar, Isabel era a única filha viva do Rei Henrique VIII com a segunda esposa Ana Bolena, Henrique preferia um homem para suceder a Casa dos Tudor no trono, como não gerou nenhum herdeiro, Ana foi executada e Isabel declarada ilegítima, vivendo no exílio enquanto seu pai casava e se divociava com outras mulheres. Sua última esposa, Catarina Parr insistiu na reconciliação entre os dois e Isabel voltou a linha de sucessão, com a morte de sua meio-irmã Maria I, ascendeu ao trono.

Elizabeth: The Golden Age (2008), estreou 15 de Fevereiro no Brasil e mostra a Rainha declaradamente protestante e sem sucessor ser ameaçada pela sombra do império católico espanhol, encabeçada pela rival Maria Stuart (Samantha Morton) sua prima e Rainha da Escócia. Elizabeth, não se permite sorrir, não sente medo, não que seja fria, ao contrário se privou da vida pessoal para domar com poder e liberdade na Corte. Ela não tem um marido, um senhor. A Rainha Virgem só deve satisfação a seu povo.
Em outra faceta, Elizabeth se vê mais humana e frágil em meio a um triângulo amoroso entre sua dama e o sedutor viajante Walter Raleight (Clive Owen), a máscara cai depois de perceber que não tem o controle de tudo e parece sentir medo e inveja da vitalidade de sua oponente, daí o sentimento de traição.

Cate domina o filme do início ao fim e acreditem seu rosto imponente e a voz de trovão ofuscam de leve o figurino que é maravilhoso. Destaque para a cena em que está orando vestida quase como uma santa e encara um atentado de morte. Sem dúvida, é meu figurino preferido.
Outra cena marcante é a Rainha de armadura, vestida para a guerra, encorajando seu povo a lutar contra opressão espanhola.
O figurino é muito fiel ao período renascentista: decote quadrado, rufo, manga bufante, corpete, saia em forma de sino, farthingale e vai evoluindo ao longo da trama com rufo em forma de leque, saia em forma de tambor, decote arredondado e etc.
Elizabeth: The Golden Age, de Shekhar Kapur despretencioso não é filme de bilheteria, passa longe disso. É para ter em casa uma obra interessante para quem gosta de história e indumentária ou para conhecer uma proposta mais real, cenas memoráveis e fugir um pouco das viagens de Hollywood. Esse público, vai se deliciar.

Trailers
Elizabeth: The Golden Age (2008)
Elizabeth (1998)

* Post dedicado aos Profs. Madson Oliveira e Flávio Bragança.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Aspiras: vocês não podem deixar de ler!

Minhas aulas na faculdade começaram dia 11 de Fevereiro. Acabou a folga e a bagunça do Carnaval (que por sinal gongo, início do mês e choveu muito no Rio). Com a praia e os blocos de rua que mais gosto abarrotados de gente não ousei grandes aventuras fora desfilar na minha querida Vila Isabel, é claro. Sem dúvida os livros foram bons companheiros e de uns papos na facul resolvi listar alguns bááásicos que os antenados aspirantes ao mundinho fashion não podem deixar de ler!

As Engrenagens da Moda (Marta Feghali e Daniela Dwyer/Senac): É perfeito para o grande público e interessados em seguir a carreira, mas que não dispõe de informações sobre o assunto moda. È bem escrito e passeia pelo básico; Um pouco de como surgiu e funciona a moda, história, indústria e tecnologia, públicos e produtos, oportunidades profissionais, dicas de rodapé e os rumos do setor. Vale a pena investir, já que não é caro.

Cartas a Um Jovem Estilista - A Moda Como Profisão
(Alexandre Herchcovitch/Campus): Apesar de ser tipo pocket, confesso de cara que achei a leitura meio chata. Mas saber a trajetória desse incrível criador brasileiro que começou no meio underground, jovem e cheio de idéias é uma boa. Ele conta sua relação com a imprensa, parcerias, sua formação, experiências, inspirações, inquietações que tornaram um dos estilistas mais renomados da atualidade. Dicas e conselhos valiosos de quem sabe o que faz.

Desenhando com o Lado Direito do Cérebro
(Betty Edwards/Ediouro): Best-seller estrangeiro que ensina um método valioso para quem está começando ou quer aprender a desenhar. A técnica que foi estudada trata-se da concepção de que os dois hemisférios do cérebro trabalham de duas formas diferentes, enquando o Esquerdo é verbal o Direito é visual. O que a autora sugere é uma mudança no modo de observar as coisas os detalhes, realmente funciona, qualquer pessoa pode desenhar bem basta seguir os exercícios práticos e se dedicar.

Personal Stylist - Guia para consultores de imagem (Titta Aguiar/Senac): Ótimo para quem se interessa por esta área recente que esta em crescimento no mercado. É um manual de fácil entendimento que não dita moda, mas ensina formas de descobrir a melhor maneira de vestir uma pessoa sem modificar seu estilo.

A Roupa e a Moda (James Laver/Cia das Letras): Sobre história e indumentária;Apresenta de forma esperta, leve e ilustrada as mudanças na moda. Independente da época a roupa sempre foi um diferenciador social, a história da moda caminha com o desenvolvimento da humanidade e seus costumes. Preço bom em relação as publicações do gênero, pois serve para futuras pesquisas.

Enciclopédia da Moda (Georgina O'hara/Cia das Letras): Como o nome já diz, é um mega dicionário que cobre o período de 1840 até o fim da década de 90 escrito pela pesquisadora de moda, britânica, Georgina O´hara. Envolve a moda em todos os aspectos como expressões típicas, casas de alta-costura, indústria, tecidos, personalidades e tem mais de 1.300 verbetes.

Espero que curtam as dicas! Nessa área estou aprendendo que informação e cultura nunca é demais, afinal o tempo todo estamos trabalhando com imagens, desejos e criação. Até breve!